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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O que o glúten esconde?!

Olá pessoal! Mais uma vez inicio o post pedindo-lhes desculpas! Não, não desistimos do blog! Mas tivemos alguns probleminhas nesses últimos dois meses que nos impediram de criar um conteúdo de qualidade para postar por aqui, afinal, criança doente em casa não é brincadeira! Mas, agora está tudo melhorando, vamos melhorar a vida do blog também, né?! Então bora lá saber um pouco mais sobre o glúten, que está bem fora do estilo de vida Low Carb, e é claro, que explicaremos os motivos para tal restrição.

O glúten nada mais é que uma proteína encontrada no trigo e alguns outros grãos, como por exemplo o centeio e a cevada (sim, cerveja contém glúten meu povo!). Há duas proteínas digamos que “mais marcantes” no glúten, sendo a gliadina e a gluteína, onde, na maioria das vezes, a maior vilã é a gliadina, que causa efeitos mais nocivos à saúde.
Porém, a gluteína, que é a responsável por conferir elasticidade à massas, caracterizando a textura fofa e aerada dos alimentos panificados, também causa sérios problemas. Muitas pessoas apresentam reações seríssimas a esta molécula, que, por muitas vezes acaba não sendo detectada em exames realizados para saber se a pessoa é celíaca ou não, pois, boa parte destes exames, buscam reações apenas relacionadas a gliadina.
O glúten é uma proteína grudenta, que adere na parede do intestino delgado, o que acaba causando não somente problemas digestivos, mas também problemas de imunidade. Lembra da cola de trigo que a gente usava quando era criança?! Usei e muito! Trigo, sal e água... Então, né, parece a base de muitos alimentos.. Mas serve muito bem como cola!rs E é mais ou menos o que acontece no nosso organismo, só que muito mais bagunçado!
A doença mais comumente ligada ao glúten, é a doença celíaca, que ocorre a partir do intestino delgado, onde as suas microvilosidades ficam achatadas. Porém, imunologicamente falando, o glúten pode ser um gatilho para outras doenças, e, em organismos sensíveis, pode afetar diferentes tecidos, e até mesmo causar problemas neurológicos, incluindo inflamações no cérebro e sistema nervoso. Temos então outra forma de reação nociva do glúten, chamada de Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca.
Um estudo do CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças), as alergias alimentares no mundo, cresceram 50% entre os anos de 1997 e 2013. E isso ocorre, não porque nosso DNA tenha mudado absurdamente, mas porque os alimentos mudaram, e a nossa forma de relação com eles também mudou. Você sabia que no Brasil, aproximadamente 2 milhões de crianças apresentam algum tipo de alergia relacionada a comida?! Ainda temos a “cultura alimentar” onde o carboidrato “deve” ser a base da alimentação. E aí começa mais um problema, pois, pelo menos metade das calorias consumidas (no mundo todo), vem do arroz, do milho e do trigo. E o trigo é o que lidera o “trio doença pura”! E o pior, é que geralmente, os produtos alimentícios que contém estes ingredientes (ainda mais se aliados ao açúcar), são gostosos, e estão no topo da lista de preferências alimentares da grande maioria das pessoas. O trigo está por toda parte, o glúten está por toda parte, até mesmo nos produtos mais improvaveis, como um molho de tomate, que por sinal, tem açúcar também!rs
É meu povo, estamos numa grande enrascada! Pois nunca na história da humanidade se consumiu tanto trigo como atualmente. As tecnologias vão evoluindo, os veneninhos também, e a indústria alimentícia vai sempre dando um jeitinho de deixar tudo que contém glúten/trigo, ainda mais viciante.
Sabe quando você come um pãozinho com manteiga, bem quentinho?! Quando as substâncias contidas nele caem na sua corrente sanguínea e chegam ao cérebro, essas substâncias são captadas pelos receptores conhecidos como opioides, que nos provocam a sensação de prazer. O mesmo acontece quando se consome outras drogas, como por exemplo, a heroína. Só que, no caso do pãozinho, quem age é a gliadina. Ela age exatamente sobre os mesmos receptores cerebrais que a heroína atinge. E, do mesmo modo que usar uma droga desenvolve-se a vontade de usá-la novamente, comer alimentos com trigo, invariavelmente, lhe dará vontade de comer mais, podendo desencadear até mesmo uma compulsão alimentar.
E já que estamos falando em compulsão, um distúrbio que acontece no cérebro, cabe aqui dizer, que há estudos que indicam a relação da sensibilidade ao glúten e problemas no sistema nervoso, que incluem desordens nos nervos periféricos, no cérebro e também na medula. O glúten acaba sendo um gatilho até mesmo para doenças de cunho psiquiátrico, esclerose múltipla, enxaqueca, problemas motores e cognitivos, e quaisquer outras doenças de cunho neurológico.
Algumas pessoas o organismo fica sobrecarregado, de tanto combater a sensibilidade ao glúten, e isso, seria uma “atividade extra”, já que o nosso organismo vive em luta contra toxinas e parasitas. E essa sobrecarga, pode acarretar em reações imunológicas graves, que podem durar até um mês após a exposição às proteínas do glúten. Trocando em miúdos, quer dizer que o consumo do glúten pode provocar quadros inflamatórios, com duração de até três meses, daí, a importância de ficar longe do glúten, e não estou falando somente a quem escolheu o Low Carb como estilo de vida, mas a todos que buscam ter mais saúde: a melhor opção é viver sem glúten.

Afinal, quais os principais sintomas da Doença Celíaca e da Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca?!

Então, já que vimos como o glúten age, vamos descobrir os sintomas e reações causados no nosso organismo:
  • diarreia, desconforto abdominal, inchaço, vômitos, irritabilidade, falta de apetite, emagrecimento e anemia (sintomas comuns em pessoas diagnosticadas como celíacas);
  • a longo prazo, pode-se apresentar também osteoporose, deficiência de ferro, dermatites, alterações hepáticas, redução dos níveis de cálcio, prisão de ventre, etc.

Há evidencias de que a doença celíaca vai muito além dos intestinos, como dito anteriormente. Estudos realizados já nos anos 60, descobriram que a dermatite herpetiforme (doença crônica, causa sensações de queimadura e coceira na pele), foi a primeira evidência de que a doença celíaca poderia apresentar efeitos nocivos não somente ao sistema digestivo, mas ao organismo como um todo.
Calma, calma, nós vamos te ajudar! E sempre que surgir a dúvida: leia o rótulo! Outra dica de ouro: descasque mais, abra menos pacotes. Ou seja, comida de verdade não tem ingrediente! Brócolis é brócolis e ponto final! Já um biscoito, tem inúmeros ingredientes com nomes impronunciáveis, e, possivelmente você irá ler no rótulo: contém glúten! Mas vamos lá...rs

E agora, como vou saber os alimentos que contém glúten?!

Em síntese, tudo o que contém trigo ou algum derivado, contém glúten, mas temos algumas “surpresas” pelo caminho:
  • Aveia (não possui glúten, mas, na maioria das vezes é processada nas mesmas máquinas que derivados de trigo, e acaba sendo contaminada com glúten!)
  • Centeio;
  • Cevada, cerveja; vodka (algumas são feitas a partir de grãos que contém glúten, vale ler o rótulo!);
  • Farinhas e farinha de trigo, trigo vermelho (espelta);
  • Sêmola; Pão, torrada, bolacha, biscoito, massas, bolos e pizzas;
  • Capuccino solúvel; sorvete;
  • Gérmen de trigo, triguilho, sêmola de trigo, trigo para kibe;
  • Katchup, maionese, shoyu; salgadinhos; queijos processados;
  • Salsicha e linguiça podem conter glúten;
  • Cereais, barras de cereais; nozes torradas (o caso das nozes é semelhante ao da aveia!);
  • Molhos, sopas, condimentos e temperos industrializados;
  • Alguns remédios, xaropes;
  • Vinagre de malte;
  • Feijão enlatado; batata congelada
  • Hambúrgueres (não são todos, mas até nos hambúrgueres vegetarianos pode conter glúten);
  • Empanados e almôndegas industrializados.
Então pessoal, bora tomar cuidado com o que consumimos, pois as consequências podem ser bem desastrosas, até porque, além de todos os males neste post descritos, o trigo e seus parceiros, além de conter muito carboidrato para unir forças com o glúten, nos faz engordar! Então, vamos ficar de olho!

Abraço, Ana.

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