Arquivo do blog

quarta-feira, 19 de julho de 2017

E o meu colesterol, como fica?!

   
     Muitas pessoas, ao nos ver falando sobre não ter medo das gorduras “do bem”, encontradas naturalmente nos alimentos, ficam com muito receio por conta dos níveis de colesterol no sangue. Primeiramente, vamos tentar explicar as razões de o colesterol hoje ser visto como algo que se deve temer; e, com base em nossas pesquisas, vamos nos aprofundar um pouco neste assunto tão temido: o colesterol alto.
      O colesterol é encontrado no organismo de todas as pessoas de forma natural. É uma substância gordurosa, e pasmem: indispensável à nossa sobrevivência! Ele é produzido no fígado, e todo o nosso organismo precisa do colesterol para funcionar dentro da normalidade: hormônios, nervos e o bom funcionamento das células.
     Por aí, já pode-se perceber a importância do colesterol para o nosso organismo; além de manter as células funcionando da forma correta, ele também contribui na secreção de todos os nossos hormônios, ou seja, precisamos do colesterol. Mas, apesar de sua importância para a nossa sobrevivência, há muito tempo, esta substância tem sido colocada como vilã.
    No século XIX que as placas nas artérias (ateroma) continham colesterol. Então, o patologista russo Nikolay Anitschkow, fez experimentos com coelhos, alimentando-os com colesterol diluído em azeite de oliva. Porém, ele não levou em consideração, o fato de os coelhos serem animais herbívoros! Aí, já dá para perceber, que o resultado já não seria muito preciso, mas mesmo assim, ele foi adiante.
   
     O fato, é que, como era de se esperar, os coelhos apresentaram depósitos de colesterol não somente nas artérias, mas também em diversos tecidos (o que não ocorre com os seres humanos). Neste momento, só se poderia concluir o óbvio: que os coelhos não tem o metabolismo preparado para comer carne. Mas, mais uma vez houve um equívoco: essas informações serviram para fazer com que as gorduras naturais dos alimentos (saturadas), fossem taxadas como ruins. Mesmo sem considerar o fato de que todos os animais herbívoros têm depósitos de aterosclerose, mesmo alimentando-se apenas de plantas.
    Aí então, entra um cientista para a história da vilania do colesterol: Ancel Keys, que também defendia a crença de que as gorduras naturais eram causadoras de infartos, derrames e trombose! Ele conduziu uma pesquisa com voluntários, que aceitaram consumir colesterol em suas dietas, em quantidades variáveis. E, com estes estudos, Keys pôde concluir que a quantidade de colesterol na dieta não tinha relação alguma com os níveis de colesterol no sangue.
     O mais instigante, que mesmo em posse destes dados, Keys ficou curioso, ao conversar com um médico italiano, em 1951, que revelou não haver muitos problemas cardíacos em sua cidade. Para sanar sua curiosidade, Keys visitou Nápoles, e pesquisando, viu que a população era quase livre de problemas no coração, exceto pelos ricos! Além disso, ele descobriu que o colesterol dos pobres era menor que o dos ricos, mesmo os pobres consumindo mais carne e gordura que os ricos.
Mas, Keys, apesar de seus resultados, continuou propagando a teoria de que a gordura na dieta era a grande vilão. E, em 1953, publicou um estudo, realizado com dados de 6 países, onde deixava clara a sua afirmativa: os países com maior consumo de gordura, apresentavam também, mais doenças cardíacas!
      Só que em 1957, foi publicada uma crítica ferrenha, e, diga-se de passagem, muito bem argumentada, com relação ao estudo de Keys; pois tal crítica, comprovou que Keys considerou apenas os 6 países que davam suporte à sua pesquisa, e, na verdade, ele tinha dados de 22 países, que mudaria o rumo de suas pesquisas. Então, ele “escolheu” ter “razão”, ou seja, manipulou os resultados!
        E, podemos perceber, que mesmo muitos anos após a comprovação da falida teoria de Keys, ela continua alienando as pessoas! E mais uma vez eu lhes digo: informação é tudo na vida! Mas, onde vocês querem chegar?! Exatamente ao ponto que mais assusta muitas pessoas quando tem seu primeiro contato com o estilo Low Carb de se alimentar, onde, como já dissemos, consome-se menores quantidades de carboidratos, e aumenta-se o consumo de gorduras naturais dos alimentos.
    No entanto, ao contrário do que muitos ainda pensam, as gorduras saturadas, são ótimas para a perda de peso, e também para quem tem diabetes. E essa informação não foi jogada ao vento, assim como as informações que Keys disseminava a partir de seus estudos duvidosos; pelo contrario, tem estudos de altíssima evidência científica (de verdade!).
       Em síntese, é o que sempre falamos, não devemos nos preocupar (obvio que no estilo Low Carb), com a quantidade de gordura que consumimos, e sim, com a qualidade delas. Devemos aprender e compreender de uma vez por todas, que a maior vilã é a gordura que vêm de óleos vegetais poli-insaturados (soja, milho, canola (que nem é planta de verdade!)); e também as gorduras trans, presentes em vários alimentos industrializados.
      Outra questão a ressaltar aqui, é que como a natureza é sábia: não encontramos em alimentos ricos em gorduras, altas quantidades de carboidratos, assim como o contrário também não ocorre! Essa bomba de muito carboidrato+muita gordura (geralmente gorduras ruins) é apenas uma invenção do homem moderno, que cada vez mais está criando coisas “venenosas”, disfarçadas de saudáveis e “gostosas”.

      Digo que Low Carb é libertador: temos liberdade de escolher o que comer, quando e quanto comer! Não ficamos reféns do relógio, pensando sempre em comer na hora certa! E sabemos, que dentro do estilo Low Carb só temos boas escolhas a fazer, o que nos resta é escolher entre muitas opções maravilhosas, e usar a criatividade! E o melhor, temos sempre em mente que os “produtos alimentícios” criados em indústrias pelo mundo afora, não é capaz de nos corromper. Somos mais fortes do que salgadinhos, bolachas e refrigerantes! Se nós conseguimos, VOCÊ também consegue! Então, confie em você; abraço e até a próxima!

Um comentário: